Os primeiros sintomas foram “uma crise de ciática, não mais do que isso”. Durante várias semanas, sempre na mesma perna, com dores que mais tarde se alastraram. Tiago é professor de natação e, aos 22 anos, com a sua profissão estava a seguir o tratamento mais recomendado para a espondilite anquilosante, sem o saber.
Nos primeiros anos de convivência com a doença, a sua atividade profissional não foi afetada. “No fim do dia de trabalho voltavam as dores, com crises muito intensas.” Com o passar do tempo, chegaram as repercussões. “Comecei a ser mais instável, a faltar mais, tive de deixar de dar algumas aulas.” Uma situação que resultou num menor retorno financeiro. Ainda assim, conseguiu manter o emprego: “Conhecem bem o meu trabalho.”
Quanto mais nos mexermos, menos crises teremos
A vida de Tiago não sofreu uma transformação de 180°, mas houve, isso sim, uma mudança “na forma de estar”. O exercício continua a ser presença assídua – escalada, ioga, “muitos alongamentos” – ao qual juntou uma alimentação mais equilibrada. Em dias de crise, há algumas coisas que sente mais dificuldade a fazer, mas a motivação não o deixa parar.
Este ano participou pela segunda vez no Torneio EA Team, no qual ganhou a medalha de ouro em prémios individuais e em equipa, com os Swim4Change. Acredita na importância destas iniciativas, sobretudo, para motivar outros doentes.
Para quem é agora diagnosticado, Tiago deixa uma mensagem:
“Lutem todos os dias. Haverá alguns em que não é fácil, mas partilhando com as pessoas mais próximas aquilo que sentem, explicando bem, os dias tornam-se mais fáceis. Força e perseverança!”