É professor do primeiro ciclo e, por isso, estar parado não é problema que o afete. Os sintomas de Jorge começaram em 1997, o diagnóstico chegou dois anos depois. Não houve grandes mudanças na sua vida, com a exceção do desporto.
Amante de futebol, foi nos jogos que começou a sentir algumas dores, “sobretudo ao arrancar”. O diagnóstico não o assustou, até porque, naquela altura, estavam em cima da mesa duas opções, das quais a espondilite anquilosante era a menos grave. “Nem fiquei desagradado”, remata. A EA não o fez parar. Agora faz natação três vezes por semana e duas caminhadas.
Sinto a necessidade de fazer desporto para o bem-estar físico e mental
Os remates à baliza teve de os deixar para outro campeonato, encontrando outras formas de continuar a praticar desporto e de jogar em equipa. Para Jorge, a espondilite anquilosante resume-se à adaptação à doença. “Como gosto muito de desportos de equipa, optei por jogar polo aquático. É um jogo na água, sem impacto, mas que me permite jogar em equipa”, resume.
Acredita que iniciativas como o Torneio EA Team ajudam a criar maior consciência da doença, bem como um espírito de convivência entre os vários doentes. Ao contrário de outras iniciativas, o torneio “traz camadas mais jovens”.
Para os que possam ser diagnosticados com espondilite anquilosante, deixa uma mensagem:
“Ninguém morre com EA, temos é de saber viver com a doença. É importante encontrar as pessoas certas – seja médico de família, associações, especialista – que nos possam orientar e ajudar da melhor forma.”